terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Estatuto de Natal

Reencontrei no blog "Correando", do colega jornalista Jorge Correa, que por sua vez o recebeu da colega jornalista Lesia Aguiar, o Estatuto de Natal. Como fez o Jorge, também decidi partilhá-lo aqui com meus visitantes nesta página virtual.
Art. I: Que a estrela que guiou os Reis Magos para o caminho de Belém guie-nos também nos caminhos difíceis da vida.
Art. II: Que o Natal não seja somente um dia, mas 365 dias...
Art. III: Que o Natal seja um nascer de esperança, de fé e de fraternidade.
Art. IV: Que os homens, ao falarem em crise, lembrem-se de uma manjedoura e uma estrela, que como bússola, apontem para o Norte da Salvação.
Art. V: Que no Natal, os homens façam como as crianças: Dêem-se as mãos e tentem promover a paz.
Art. VI: Que haja menos desânimos, desconfianças, desamores, tristezas. E mais confiança no Menino Jesus.
Parágrafo Único: Fica decretado que o nascimento do Deus Menino é para todos: pobres e ricos, negros e brancos.
Art. VII: Que os homens não sigam a corrida consumista de "ter", mas voltem-se para o "ser", louvando o Seu Criador.
Art. VIII: Que os canhões silenciem, que as bombas fiquem eternamente guardados nos arsenais, que se ouça os anjos cantarem Glória a Deus no mais alto dos céus.
Parágrafo Único: Fica decretado que o Menino de Belém deve ser reconhecido por todos os homens como Filho de Deus, irmão de todos!
Art. IX: Que o Natal não seja somente momento de festas, presentes.
Art. X: Que o Natal dê a todos um coração puro, livre, alegre, cheio de fé e de amor.
Art. XI: Que o Natal seja um corte no egoísmo. Que os homens de boa vontade comecem a compartilhar, cada um no seu nível, em seu lugar, os bens e conquistas da civilização e cultura da humildade.
Art. XII: Que a manjedoura seja a convergência de todas as coordenadas das idéias, das invenções, das ações e esperanças dos homens para a concretização da paz universal.Parágrafo Único: Fica decretado que todos devem poder dizer, ao se darem as mãos: FELIZ NATAL!!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Editorial do jornal "Brasil de Fato" sobre jejum de dom Cappio

Entre os vários textos e notícias que recebi nesses últimos dias sobre o "jejum e oração" de dom Luiz Flávio Cappio, bispo franciscano da Barra, Bahia, contra o projeto de transposição do rio São Francisco, me chamou atenção e gostei do editorial do jornal "Brasil de Fato" de ontem, sábado.
Embora se posicionando do lado da manifestação do bispo franciscano, expõe de forma até bem didática os dois projetos em causa. Reproduzo abaixo o texto, porque ajuda a situar e entender a questão, sobretudo para quem é leigo no assunto.

Jogo empatado entre dois projetos
Terminou empatado em dois a dois o segundo jogo de um longo campeonato que está em curso, entre o time do capital e o time do povo, na disputa pelo destino dos recursos naturais do nordeste.
Dom Cappio suspendeu a greve de fome, avisando que continuará ainda mais firme na luta. Foi um alívio. O alívio foi geral, de todas as partes. Do lado de cá, todos queríamos salvar dom Cappio, que certamente será muito mais útil ao povo, e a suas causas, vivo e lutando.
Mas foi também um alívio para o governo e a direita, que já não conseguia esconder seu assombro com o fantasma de ter um bispo mártir na sua conta.
O jornal ‘Brasil de Fato’ passou a priorizar a cobertura da greve de fome de dom Cappio, nos últimos vinte dias, porque acreditávamos que essa era uma batalha importantíssima, na disputa entre dois projetos de desenvolvimento para o nordeste. A greve de fome de dom Cappio foi, sobretudo, um brado de alerta das forças populares, que no gesto do bispo, se utilizaram do exemplo pedagógico, para dizermos que éramos contra esse projeto que prioriza o hidronegócio e os interesses do capital. Não havia nem loucura, nem vedetismo, nem interesses partidários e muito menos desconhecimento de causa. Muito menos autoritarismo, como pregaram os neo-governistas, Geddel e Ciro Gomes. Cujo passado não recomenda boa companhia.
Está em curso nesse período de nossa história uma disputa feroz, entre dois projetos de desenvolvimento, da forma de organizar a sociedade e a produção de bens no semi-árido nordestino. De um lado o projeto do capital, que se resume em transformar a água em mercadoria e insumo fundamental para a implementação de uma agricultura monocultora, destinada a produzir frutas tropicais para exportação. Esse modelo que recebeu o apelido de agro-negócio e o hidronegócio.
De outro lado, o projeto popular, que prioriza a convivência dos camponeses e do povo com o semi-árido e defende soluções locais e alternativas para captação e uso da água. E prioriza o destino da água para as necessidades humanas e da criação dos pequenos animais que fazem parte do modo de sobrevivência da região.
No primeiro modelo não há espaço para povo. Para os camponeses. Seu destino é o êxodo rural e ficariam apenas alguns poucos, e ainda como assalariados das grandes empresas.
No segundo modelo, o objetivo é o aumento da renda e a melhoria das condições de vida do povo que já mora por lá.
Esses dois modelos vêm se enfrentando no nordeste desde a ditadura militar. Em certos períodos avança mais o projeto do capital. Outras vezes, fruto da resistência e da mobilização, avança o projeto popular.
E a magnitude do problema econômico e social é tão grande, pois abrange a sete estados e a mais de 16 milhões de camponeses, que se transformou em um problema nacional.
Pois bem, o projeto de transposição do Rio São Francisco está inserido nessa disputa. O Governo, a serviço dos interesses das empreiteiras, das empresas, agroindústrias e do agro-negócio, e retribuindo o apoio eleitoral recebido da oligarquia nordestina, assumiu o compromisso de fazer a obra. Mas não mediu as conseqüências, pois com isso optou por um dos lados.
As igrejas, os movimentos sociais, a via campesina, centenas de entidades articuladas na ASA, e muitos técnicos do governo, que trabalham no Dnocs, Conab, Agência Nacional de Águas, Codevasf, Chesf, ficaram do lado do povo. Sabem que, com muito menos recursos, se poderia desenvolver projetos em cada um dos municípios e eliminar a escassez de água de beber em todos eles. Poderíamos aumentar enormemente as áreas irrigadas, mas em pequenas parcelas. Num resumo dos objetivos dos projetos de cisternas da ASA e os projetos alternativos da Agência Nacional das águas.
O governo pensa que já ganhou. Se equivoca. A luta está apenas no início. E o sertanejo é teimoso por natureza. Acostumou-se com a dureza da vida. Certamente no futuro próximo, serão travadas novas batalhas. E poderá haver uma mobilização cada vez maior dos camponeses nordestinos.
Como os movimentos pediram a Dom Cappio: “Encerre seu jejum, que já foi suficiente para despertar as consciências. E voltaremos com mais gente no futuro”.
Editorial do Jornal Brasil de Fato 22 de dezembro 2007.

domingo, 23 de dezembro de 2007

anedota natalina

Como estamos às vésperas do Natal de 2007, lá vai então uma anedota bem natalina!

A mãe está em casa com sua filha de uns três anos e pouco, tentando lhe explicar os diversos tipos de árvores frutíferas do pequeno pomar perto da sua casa:
- Veja, filhinha, essa é a laranjeira, que dá laranjas. Aquele lá é um pessegueiro, e dá pêssegos. Lá adiante você pode ver a macieira, de onde colhemos maçãs. De qual árvore você gosta mais, Manu?
- Gosto mais da árvore de Natal, porque ela dá presentes!

Feliz e abençoado Natal e próspero Ano Novo a vc, que me acompanhou ao longo de todo este ano de 2007!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Conto natalino do teólogo Leonardo Boff

Olá, amigas e amigos!
Segue belo conto natalino do teólogo brasileiro (ex-franciscano) Leonardo Boff, para ajudar-nos a adentrar melhor no espírito cristão da solenidade do Natal de Jesus!
O Menino, o boi e o jumento
21/12/2007 – Recebemos e publicamos o seguinte artigo de Leonardo Boff, teólogo, da Comissão da Carta da Terra. Leonardo, que tantas vezes colaborou neste último ano com a revista IHU On-Line, nos brinda com este belo texto natalino. Eis o artigo.
Os evangelhos não falam do boi e do burrinho que estariam na manjedoura junto a Jesus sobre as palhinhas. Mas a tradição fala neles. Sua história é comovente e encanta crianças e adultos. Em tempos de ecologia, ganha um significado especial. Vamos contar a verdade desta estória antiga que é narrada a seu modo em cada língua.
Um camponês tinha um boi e um jumento muito velhos e já imprestáveis para o trabalho no campo. Afeiçoara-se a eles. Gostaria que morressem de morte natural. Mas iam definhando dia a dia. Resolveu sacrificá-los no matadouro. Quando decidiu, sentiu-se mal, não conseguindo dormir à noite.
O boi e o jumento perceberam que havia algo de estranho no ar. Moviam mal suas carcaças, sem poder dormitar. A vida lhes fora dura. Passaram por vários donos. De todos apanharam muito. Era sua condição de animais de carga.
Lá pela meia-noite, repentinamente, sentiram que uma mão invisível os conduzia por estreito caminho rumo a uma estrebaria. Diziam entre si: “Que nos obrigarão fazer nesta noite fria? Não temos mais força para nada”.
Foram conduzidos a uma gruta, onde havia uma luzinha trêmula e uma manjedoura. Pensavam que iam comer algum feno. Ficaram maravilhados quando viram que lá dentro, sobre palhinhas, tiritante, estava um lindo recém-nascido. Um velho inclinado, José, procurava aquecer o menino com seu sopro. O boi e o burrinho logo entenderam. Deviam aquecer o menino também com seu sopro. Aproximaram seus focinhos.
Quando perceberam a beleza e a irradiação do menino, suas carcaças estremeceram de emoção. E sentiram forte vigor interno. Com os focinhos bem pertinho do menino, começaram, lentamente, a respirar sobre ele, que assim ficou aquecido.
De repente, o menino abriu os olhos. “Agora ele vai chorar”, disse o burrinho ao boi, “pois nossos focinhos feios o assustaram”. O menino, ao contrário, os fitou amorosamente e estendeu a mãozinha para acariciar seus focinhos. E continuava a sorrir, como se fora uma cascata de água.
“O menino ri”, disse José a Maria. “Ele não pára de rir. Deve ser porque o focinho do boi e do burrinho são engraçados”. Maria sorriu e ficou calada. Acostumada a guardar todas as coisas em seu coração, sabia que era um milagre de seu divino menino.
O fato é que os próprios animais ficaram alegres. Ninguém lhes havia reconhecido algum mérito na vida. E eis que aqui estavam acalentando o Senhor do universo na forma de uma criança.
Ao voltar para casa, perceberam que outros burros e bois os olhavam com ar de admiração. Estavam tão felizes que, ao avistar a casa, arriscaram até um galope. Aí perceberam que estavam realmente cheios de vitalidade.
Voltaram para a estrebaria. De manhãzinha veio o patrão para levá-los ao matadouro. Eles ficaram assustados, como se dissessem: “Deixa-nos viver um pouco mais!” O patrão olhou espantado e disse: “Mas estes não são os meus velhos animais? Como assim que estão revigorados, com a pele lisa e luzidia e as pernas firmes e fortes?”.
Ele os deixou estar. Durante anos e anos serviram ao patrão fielmente. Mas ele sempre se perguntava: “Meu Deus, quem transformou de repente em jovens e vigorosos o burrinho e o boi tão velhinhos?”.
Mas as crianças que sabem do menino Jesus, têm condições de lhe dar uma resposta.
Com o Menino, o boi e o jumento desejo “Feliz Natal a todos os leitores e leitoras”.
Fonte: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=11502

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Encontrei a mensagem abaixo no blog do colega jornalista Jorge Correa, que por sua vez a recebeu da sua amiga Isabela Firmo de Moura. E resolvemos partilhar seu conteúdo com nossos leitores. Bom proveito!
  • Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.
  • Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
  • Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
  • Que as pedras do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
  • Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
  • Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
  • Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
  • Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
  • Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
  • Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga as almas afins.
  • Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
  • Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o centro do teu ser eterno.
  • Que um suave vento te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que a força invisível do amor leve o teu viver.
  • Que o teu coração sinta a presença secreta do inexplicável!
  • Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente.
  • Que esse amor seja o teu rumo secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
  • Que esse amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
  • Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da presença que está em ti e em todos os seres.
  • Que o teu viver seja pleno de paz e de luz!

E acrescento eu: Que neste Natal esses sentimentos e desejos se realizem em nossa vida e na de todos os nossos familiares e amigos!

domingo, 16 de dezembro de 2007

bom humor torna a vida mais alegre!

Hoje é sábado, o 3º de dezembro... Desde ontem estou cá na Comunidade La Salle Beira, para aguardar e preparar junto com os demais coirmãos lassalistas do Setor Moçambique as festas de Natal. Celebrar mais uma vez essa "quadra festiva", como dizem os moçambicanos, é pra mim motivo de alegria. Estou alegre por estar com boa saúde, apesar de algumas "peripécias" ao longo do ano que está pra findar... e sobretudo por estar rodeado por um grupo de Coirmãos alegre e disposto a prosseguir na caminhada de implantação do Instituto de La Salle nessas terras moçambicanas! Esta manhã tivemos em nossa "casa mãe" aqui na Beira o nosso encontro regional, que os Irmãos do Brasil tiveram no sábado passado. E o tema de reflexão e oração foi justamente como incrementar e reforçar ainda mais a "Pastoral das Vocações a Irmão e outros Lassalistas"... É um assunto que vai nos ocupar também em nosso retiro anual, logo após o Natal, lá na Missão de Marera, interior da vizinha província de Manica, que tem como capital a bonita cidade de Chimoio...
E pra alegrar também minhas/meus leitoras/es, aí vai uma boa anedota de advogado...
Um advogado no céu
Quando o Papa morreu e foi para o céu, foi recebido por São Pedro, que lhe disse:
- Você é merecedor do Reino do Céu. Entre e desfrute da eternidade!!!
Após isso, deu-lhe uma chave e um pergaminho que continha o número da casa onde o Papa devia ficar. Andando pela rua até chegar na sua casa, o Papa viu casas simples, umas iguais às outras, e em cada uma o nome de um Papa do passado. Quando ia chegando em sua casa, o Papa viu ao longe tratores e guindastes erguendo vigas de sustentação enormes e alicerces gigantescos. Curioso com a situação, o Papa perguntou a um anjo que passava pelo local:
- Aquela casa enorme que estão a fazer na colina é para algum Deus?
O anjo respondeu:
- Não, é para um advogado!
Insatisfeito com aquilo, o Papa reclamou:
- Um advogado?!?! Eu fui Papa e vou passar a eternidade numa casinha mixuruca dessas, e um advogado vai ter uma mansão daquelas?!?! Isso não é justo!!!
Mas o anjo, acalmando o Papa, falou:
- Papa, olhe ao redor! Veja quantos Papas já estão aqui. Aquele é o primeiro advogado que chega ao céu!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Alegria e bom humor torna mais bela a vida

Essa é anedota boa pra encerramento do ano letivo, indo pro seu final. Esse professor não se deixou levar pela conversa das suas "alunas" que quiseram ser mais espertas que o mestre!
Professor inteligentíssimo
Prova de matemática. As duas espertinhas que não haviam estudado p. nenhuma, resolvem cabular e passar o dia estudando para tentar fazer a prova no dia seguinte.
No dia seguinte aparecem com uma desculpa esfarrapada:
— Professor — diz a primeira. — Ontem, a Fernanda passou em casa para me apanhar e a gente vinha vindo pra cá, quando o carro dela quebrou. Chamamos um guincho, mas ele demorou tanto, que quando chegamos na escola o senhor já havia ido embora! Podemos fazer a prova hoje?
— Claro! Não tem problema — diz o professor. — Basta as senhoritas se sentarem, cada uma num canto da sala, que eu já levo a prova para vocês.
Sem conseguir esconder o sorriso de satisfação, as meninas sentaram-se cada qual no seu canto, comemorando em silêncio.
Dois minutos depois, receberam a prova. No alto da folha havia uma única questão: “Em que rua o carro quebrou?”.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

último boletim de notícias do ano 2007

Comunicando de Moçambique / 22
Mangunde, 02 de dezembro de 2007.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos no Brasil e alhures! Estou de volta para o último boletim de notícias do ano. A partir de janeiro, as notícias daqui serão divulgadas no meu blog (veja no final como acessar).
Final do ano está sempre mais próximo
Começamos o último mês do ano! E ontem, dia 1º de dezembro, aqui em Mangunde começamos com festa. Foi para comemorar o dia mundial de luta contra o HIV/Sida e de solidariedade com os soropositivos. O dia celebrativo foi animado pela equipe de ativistas do Hospital ‘Centro Dia’ que, já pelo 2º ano consecutivo, ajuda no controle e combate dessa verdadeira pandemia em Moçambique. Presentes também muitos familiares dos soropositivos em tratamento. Às 11 horas, na igreja matriz, o padre Ottorino Poletto presidiu uma pequena celebração litúrgica, seguida da apresentação de mensagens alusivas à data e de algumas instruções como se portar para evitar a doença. Pelas 13h30 foi servido almoço aos presentes, seguido de algumas encenações teatrais. Para culminar o encontro, todos os presentes vibraram ao poderem se ver retratados no filme que o médico austríaco Mainhard Knittel, responsável pelo Centro Dia, gravou das atividades do dia e mostrou no datashow.
Mais de 200 alunos prestam exames de 2ª época
Os alunos da 5ª e 7ª, bem como da 10ª e 12ª classes que não conseguiram aprovação nos exames nacionais no começo de novembro, esta semana precisam passar pelo exame de 2ª época. Em algumas disciplinas todos conseguiram aprovação já na 1ª época. É o caso de Português e Geografia da 12ª classe, em que tiveram como professores os irmãos Domingos Faz-Ver e Roberto Carlos Ramos. Matemática foi a matéria em que mais gente ‘chumbou’ (levaram ‘chumbo’, quer dizer, não conseguiram aprovação). Na 12ª classe, por exemplo, apenas 5 alunos conseguiram aprovação nessa disciplina na 1ª época. E na 10ª, de 120 alunos admitidos aos exames de 1ª época, 59 pegaram 2ª época, dos quais 50 em Matemática.
Viúvas tiveram seu encontro formativo em Mangunde
Neste final de semana, cerca de 50 mulheres cujos maridos são falecidos participaram dum encontro formativo aqui na Missão de Mangunde. O mesmo foi animado pelo padre Filipe Sungo, reitor do Seminário Bom Pastoral da Beira, auxiliado pelo padre Ottorino Poletto, pároco e diretor da Associação Esmabama, e por dona Maria Imaculada, da paróquia de Matacuane, da Beira. O encontro terminou esta manhã, com a participação delas na missa dominical, na igreja matriz de Mangunde, ainda em construção.
Venâncio Maloa voltlou a Moçambique
No dia 22 de novembro chegou a Beira o noviço Venâncio Maloa, no término do seu período de Noviciado em Porto Alegre, Brasil. Já se encontra integrado na Comunidade La Salle Beira, onde vai seguir agora o período da formação correspondente ao Escolasticado. Também já está tratando para retomar seu curso universitário na UP (Universidade Pedagógica), interrompido em 2006 para seguir o Noviciado no Brasil. Logo depois do Natal vai participar do Retiro anual com os demais Irmãos em Marera, interior de Chimoio. Ainda estamos por resolver se vai emitir seus primeiros votos no final desse retiro ou no final de janeiro, junto com os irmãos Armando Manuel e Domingos Faz-Ver, que emitirão os seus votos perpétuos.
Já inaugurei meu blog na net
Como anunciado no boletim anterior, dia 11 de novembro, há 3 domingos atrás, inaugurei meu blog na Internet, intitulado “Aprendendo Sempre”. É o mesmo título duma coluna que escrevi nos anos 80 em dois jornais semanais no Brasil (Mensageiro, de Missal-PR, e Folha da Produção, de Cerro Largo-RS). Tem como objetivo partilhar aprendizagens feitas ao longo da vida. Agradeço as visitas, comentários e sugestões de vocês para melhorar o espaço. A partir de janeiro, as notícias lassalistas de Moçambique serão veiculadas através deste blog. Veja abaixo o endereço de acesso.
Assim vou finalizando por hoje, com votos de uma boa preparação para a festa do Natal do Senhor Jesus, Príncipe da Paz, que se aproxima. Os melhores cumprimentos a todas/os!
Hugo Bruno Mombach, fsc
Jornalista Reg. 4065 DRT-RS – E-adress: hbmom47@gmail.com
Visite meu blog: http://hbmom47.blogspot.com/ e faça seus comentários.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Festa da solidariedade dos afectados pelo HIV/Sida em Mangunde

Começamos o último mês do ano! E ontem, dia 1º de dezembro, aqui em Mangunde começamos com festa. Foi para comemorar o dia mundial de luta contra o HIV/Sida e de solidariedade com os soropositivos. O dia celebrativo foi animado pela equipe de ativistas do Hospital ‘Centro Dia’ que, já pelo 2º ano consecutivo, ajuda no controle e combate dessa verdadeira pandemia em Moçambique. Presentes também muitos familiares dos soropositivos em tratamento. Às 11 horas, na igreja matriz, o padre Ottorino Poletto presidiu uma pequena celebração litúrgica, seguida da apresentação de mensagens alusivas à data e de algumas instruções como se portar para evitar a doença. Pelas 13h30 foi servido almoço aos presentes, seguido de algumas encenações teatrais. Para culminar o encontro, todos os presentes vibraram ao poderem se ver retratados no filme que o médico austríaco Mainhard Knittel, responsável pelo Centro Dia, gravou das atividades do dia e mostrou no datashow.
Dos vários cartazes espalhados na igreja, um me chamou particularmente a atenção, embora já caído no chão pela ação do vento:
"Vamos substituir a dinâmica da Sida pela dinâmica da Vida. Tira o S e põe o V".
Não me tinha dado conta que apenas uma letra faz tanta diferença! Quantas vezes na vida, um pequeno detalhe que esquecemos faz a diferença... para o melhor ou para o pior...
Valeu, ativistas do HIV/Sida de Mangunde!!!

sábado, 1 de dezembro de 2007

solidariedade com vítimas do HIV/SIDA

A data de hoje, 1º de dezembro, é o dia e início da semana de solidariedade para com as muitíssimas vítimas da Aids...
Aqui em África e particularmente em Moçambique, elas se contam aos milhares!...
Cá em Mangunde haverá uma manhã de celebração e convívio entre médicos, ativistas e atendidos pelo "Stop Sida"... um trabalho magnífico em favor dos atingidos por esta terrível pandemia...
Amanhã ou depois conto mais como foi esta promoção em defesa e solidariedade com os soropositivos dos arredores da Missão de Mangunde...
Bom início de dezembro e de preparação para o Natal do Senhor Jesus!...

rindo um pouco

Hoje vai uma anedota bem católica, dum português muito católico!...
Pregos Garcia
A empresa do sr. Garcia, fabricante dos PREGOS GARCIA, contratou uma empresa de publicidade para dar a conhecer a sua marca. Tinham que pôr um anúncio num sítio bem visível para que todos vissem. No domingo seguinte, quando entrou na igreja para a missa, o sr. Garcia ficou gelado! Lá estava uma tabuleta em cima da cruz com os dizeres:
PREGOS GARCIA 2.000 ANOS DE GARANTIA!
Foi um choque! Todos reclamaram com o padre!...
E o sr. Garcia lá foi falar com a empresa de publicidade a queixar-se... Eles prometeram resolver o assunto... No outro domingo vai o sr. Garcia à missa, e o que encontrou?
Estava o Cristo pendurado na cruz, mas com uma das mãos caída e o prego no chão, e um pouco acima uma tabuleta informando:
COM PREGOS GARCIA ISTO NÃO ACONTECIA!
Lá foi o sr. Garcia furioso falar com o pessoal da empresa de publicidade, que lhe disseram que resolveriam tudo! Mais uma semana, entra o sr. Garcia na igreja para a missa dominical e... o Cristo não estava na cruz!... mas em acima dela uma tabuleta dizia:
COM PREGOS GARCIA O CRISTO NÃO FUGIA!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Você já se achou falando sozinho?

Esta manhã encontrei interessante artigo na net, do prof. Gabriel Perissé, que me fez voltar aos tempos da minha infância... muitas vezes, indo pra escola nos dias de semana ou ao culto no domingo, topava com um nosso vizinho caminhando um pouco à frente de mim, falando sozinho! Em casa comentei algumas vezes a situação com meus pais... Papai dizia que o Fridolino estava "pensando em voz alta".
É bem como escreve o Perissé no seu artigo, reproduzido abaixo, para conferir. Quem ainda não se surpreendeu "falando sozinho" que levante o dedo!

A arte de falar sozinho
Gabriel Perissé – 28 de Novembro de 2007
Observem. Pelo menos na cidade de São Paulo tenho visto muitas pessoas falando sozinhas. Não deve ser fenômeno apenas desta cidade de correrias sem destino. Talvez não seja fenômeno exclusivo de grandes cidades. Talvez seja fenômeno mundial.
Rubem Braga, em alguma crônica, escreveu que Paris era indiscutivelmente uma boa cidade para se falar sozinho na rua, mesmo em português. Toda rua é palco para monólogos com ou sem audiência atenta.
Sempre houve pessoas falando sozinhas na rua, gesticulando, olhando o infinito. Nem sempre é loucura. Ou nunca é loucura. Ou então somos todos loucos, porque todos falam sozinhos. Pensar é falar consigo mesmo. Dialogar com outras vozes habitantes em nós. Somos legião. Moram em nós outras vozes, com as quais concordamos ou discordamos o tempo todo.
Aliás, há pessoas que, até quando falam com alguém, sozinhas estão falando, porque não estão realmente falando com o outro. Estão apenas falando. Falando consigo mesmas. Não querem ser compreendidas ou rejeitadas. Querem falar porque precisam falar. O outro poderia ser uma parede. Poderia ser um espelho.
Há pessoas que conversam com objetos, outra forma de falar sozinhas. Há pessoas que dirigem palavras ao computador. Xingam o computador. Pedem que ele não trave. Pedem que ele colabore.
Rezar é falar sozinho? Sonhar é falar sozinho? Cantarolar uma música é falar sozinho? Falar sozinho é conversar com o diabo?
Também falam sozinhos aqueles que escrevem. O leitor não está ali. Falamos sozinhos, ou com as palavras conversamos. E o leitor, depois, ao ler o texto, também está falando sozinho. O autor não está ali, apenas a sua sombra, o eco, a imagem, a lembrança, a palavra.
José Angelo Gaiarsa, no livro ‘As vozes da consciência’, de 1991, afirmava algo insólito: “a finalidade última do homem é falar sozinho”. Uma frase talvez ridícula, pensava o próprio autor. Mas essa frase algo me diz. Converso sozinho com a minha consciência, e a minha consciência conta-me coisas.
Falar sozinho não é egoísmo, não é idiossincrasia, não é problema. É solução. É saudável introspecção. Falando de mim para mim, eu saio de fora para dentro. Saio da dispersão, entro em contato com esse estranho eu que eu sou.
O poeta português José Gomes Ferreira disse tudo: “Que o primeiro poeta que nunca falou sozinho pelas ruas se levante e me atire a primeira estrela!”.
Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.
Web Site: www.perisse.com.br
Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/content/view/1161/53/

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cadê o tempo que ganhamos?

Recebi ontem duma amiga maranhense e partilho com os leitores a crônica do Marcelo Canellas, recordando os belos tempos da nossa infância, comparando-os com os de hoje... Boa leitura!

Sobre o tempo que ganhamos
Marcelo Canellas - 31/10/2007
Havia mais terrenos baldios. E menos canais de televisão. E mais cachorros vadios. E menos carros na rua. Havia carroças na rua. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes. E mascates batendo de porta em porta. E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?
A Velha do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa. Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha para o supermercado. E cascos vazios para trocar por garrafas cheias. Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana. As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio. Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro. Cozinhava-se com banha de porco. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.
O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a lâmina. As camas tinham suporte para mosquiteiro. As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro. Comíamos fruta no pé. Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa. E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.
Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo. Fumo vinha em rolo e cheirava bem. O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava. O que há com as chaleiras de hoje que não apitam? As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7. Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM). Dizia-se ‘supimpa’, que significa ‘bacana’. Pois é, dizia-se ‘bacana’, saca? Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio.
Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN. Estou falando de outro milênio, é verdade. Mas o século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração. A vida ficou muito melhor. Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso. Então por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados? Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?
Jornalista – E-adress: marcelocanellas@uol.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Evangelizando o Mundo Digital

Considero importante pensarmos, junto com outras pessoas responsáveis pela evangelização, especialmente das jovens gerações, como nós, Igreja, poderemos nos comunicar com os jovens de hoje, na situação concreta em que nos encontramos com eles...
Pra ajudar nessa reflexão, partilho a notícia divulgada no começo de novembro na net pela agência internacional de notícias Zenit, sediada no Vaticano... Vale a pena conferir!

Como a Igreja irá se comunicar com o jovem hoje, explica padre John Flynn, LC
ROMA, domingo, 04 de novembro de 2007 (ZENIT.org) – Transmitir a fé às novas gerações é mais difícil que nunca em um mundo que está mais e mais secularizado. Um recente livro traz recomendações sobre como levar a mensagem adiante para uma nova mentalidade fortemente influenciada por mudanças tecnológicas.
«Googling God: The Religious Landscape of People in Their 20s and 30s», publicado pela Paulist Press, foi escrito por Mike Hayes, co-diretor de Paulist Young Adult Ministries. Na introdução, Hayes explica que enquanto alguns têm duvidado sobre a religiosidade dos jovens, há um despertar religioso entre, ao menos, alguns jovens.
Hayes faz um interessante exame da juventude americana, com muitos pontos sobres os quais reflete. Seu livro é também muito útil pelas dicas que oferece em como usar a Internet e outras mídias para comunicar.
Uma limitação que precisa ser notada, entretanto, é sua superficial rejeição do que caracteriza como grupos Católicos demasiada-mente ortodoxos. Sua superficial rejeição desses grupos em algumas passagens do livro oferece uma visão incompleta dos muitos benefícios reais, e considerável sucesso que eles têm entre os jovens.
Os jovens católicos nos Estados Unidos, explica Hayes, vivem em uma tempo de mudanças tecnológicas revolucionárias, incertezas sobre o futuro e um desejo de gratificação instantânea. No que se refere às comunicações, Hayes comenta que muitos jovens adultos estão sujeitos a uma informação excessiva. Em meio à competição clamam por atenção, e isso torna difícil para a Igreja fazer sua mensagem ser ouvida, ou saber como adaptá-la às mudanças na mentalidade.
Ele faz uma diferença entre Geração X, nascida entre 1964 e 1979, e os «Millennials», nascidos de 1980 em diante. Os primeiros, argumenta, tendem a ver o mundo de uma maneira mais pluralista e explorativa. Os últimos estão procurando por algo sólido para embasar suas vidas. Entretanto, Hayes avisa sobre ler demasiadamente sobre generalizações, pois existem muitas diferenças entre cada geração.
Busca pelo sagrado
Uma coisa que as duas gerações têm em comum é o desejo por contemplação e uma liturgia que provê um senso de mistério e sagrado. Por exemplo, Hayes percebe um novo interesse pela adoração Eucarística e algumas formas de oração contemplativa.
«Em um mundo onde a vida parece muito fugaz, jovens adultos buscam coisas que eles podem depender, coisas que superem o teste do tempo, coisas que pareçam reais, e coisas que são maiores que eles», explica Hayes.
A criação de um espírito de comunidade através da liturgia é também um ponto de atração particularmente para a «Geração X», que em muitos casos tem experimentado a falta de laços familiares, em conseqüência do divórcio ou de estar em lares onde ambos os pais trabalham.
Há também, entretanto, muitos jovens que não estão ativos em sua\nfé. Um grande número receberam pequena formação em sua fé, outros são pegos pela necessidade de trabalhar e a vida familiar, e alguns preferem uma forma particular de espiritualidade, fora da participação em atividades eclesiais.
Muitos deles não participam regularmente nas atividades da Igreja, entretanto, entram em contato em momentos críticos como casamento, a morte de membros da família ou amigos, e tempos de crise pessoal. Hayes recomenda usar estas oportunidades para atrair os jovens.
Após analisar métodos como adoração Eucarística, rosário e a Missa, Hayes também dedica uma seção do livro a explicar como usar a mídia moderna. Nós precisamos fazer melhor uso de Web Sites, e-mails newsletters, blogs e outras formas de chegar aos jovens, recomenda.
Esforços virtuais
Ele faz uma diferença entre Geração X, nascida entre 1964 e 1979, e os «Millennials», nascidos de 1980 em diante. Os primeiros, argumenta, tendem a ver o mundo de uma maneira mais pluralista e explorativa. Os últimos estão procurando por algo sólido para embasar suas vidas. Entretanto, Hayes avisa sobre ler demasiadamente sobre generali-zações, pois existem muitas diferenças entre cada geração.
Busca pelo sagrado
Uma coisa que as duas gerações têm em comum é o desejo por contemplação e uma liturgia que provê um senso de mistério e sagrado. Por exemplo, Hayes percebe um novo interesse pela adoração Eucarística e algumas formas de oração contemplativa.
«Em um mundo onde a vida parece muito fugaz, jovens adultos buscam coisas que eles podem depender, coisas que superem o teste do tempo, coisas que pareçam reais, e coisas que são maiores que eles», explica Hayes.
A criação de um espírito de comunidade através da liturgia é também um ponto de atração particularmente para a «Geração X», que em muitos casos tem experimentado a falta de laços familiares, em conseqüência do divórcio ou de estar em lares onde ambos os pais trabalham.
Há também, entretanto, muitos jovens que não estão ativos em sua fé. Um grande número receberam pequena formação em sua fé, outros são pegos pela necessidade de trabalhar e a vida familiar, e alguns preferem uma forma particular de espiritualidade, fora da participação em atividades eclesiais.
Muitos deles não participam regularmente nas atividades da Igreja, entretanto, entram em contato em momentos críticos como casamento, a morte de membros da família ou amigos, e tempos de crise pessoal. Hayes recomenda usar estas oportunidades para atrair os jovens.
Após analisar métodos como adoração Eucarística, rosário e a Missa, Hayes também dedica uma seção do livro a explicar como usar a mídia moderna. Nós precisamos fazer melhor uso de Web Sites, e-mails newsletters, blogs e outras formas de chegar aos jovens, recomenda.
Esforços virtuais
A Igreja\nestá realmente ativa no uso das últimas tecnologias de mídia para evangelizar. Antes da recente visita de Bento XVI à Áustria, a Arquidiocese de Vienna criou um serviço gratuito via celular oferecendo trechos dos sermões e escritos do Papa, como foi noticiado pela Associated Press em 30 de julho.
Em 21 de setembro, o jornal londrino Times noticiou que uma rede de propaganda da Igreja criou uma ilha no Second Life.
A ilha virtual foi construída como uma réplica da vida no primeiro-século na Palestina. A meta é que venha a se tornar um centro para religião no Second Life.
Enquanto isso, em 25 de setembro, o Washington Post noticiou que no ano passado, a Igreja nos Estados Unidos gastou 8,1 bilhões de dólares em equipamentos de audio e projeção. Aproximadamente 80% das Igrejas aparentemente têm produzido sistemas de audio e vídeo,\njunto com uma variedade de materiais na Internet.
O artigo citado por uma reportagem da TFCinfo, firma de pesquisa em mercado audio-visual do Texas, diz que 60% das igrejas possuem um Web site, e mais da metade envia e-mails a seus membros. Outros meios cada vez mais usados são os podcasts e mensagens de texto.
Alguns dos serviços já estão disponíveis para a Bíblia, e em 2 de outubro, a BBC noticiou que um dos últimos serviços, chamado Ecumen, oferece orações diárias, ringtones e fotos para telefones celulares.
Os mais recentes fenômenos de sites de redes sociais não estão isentos de religião, como o New York Times noticiou em 30 de junho. Agora existe um grande número de sites sociais cristãos, onde os crentes podem ter contato social sem ter que entrar em sites onde todo tipo de conteúdo moralmente indesejável está presente.
Video podcasts religiosos também já existem, como o jornal semanal National Catholic Register noticiou em 27 de maio. No começo desse ano o arcebispo da Filadélfia, cardeal Justin Rigali estreou no site popular YouTube, com uma série de vídeos contendo reflexões sobre o Evangelho.
A arquidiocese da Filadélfia e Boston também utilizam «streaming» de vídeo para alguns eventos, de maneira a torná-los acessíveis a um grande número de pessoas, segundo o artigo.
A Igreja está realmente ativa no uso das últimas tecnologias de mídia para evangelizar. Antes da recente visita de Bento XVI à Áustria, a Arquidiocese de Vienna criou um serviço gratuito via celular oferecendo trechos dos sermões e escritos do Papa, como foi noticiado pela Associated Press em 30 de julho.
Em 21 de setembro, o jornal londrino Times noticiou que uma rede de propaganda da Igreja criou uma ilha no Second Life.
A ilha virtual foi construída como uma réplica da vida no primeiro-século na Palestina. A meta é que venha a se tornar um centro para religião no Second Life.
Enquanto isso, em 25 de setembro, o Washington Post noticiou que no ano passado, a Igreja nos Estados Unidos gastou 8,1 bilhões de dólares em equipamentos de audio e projeção.
Aproximadamente 80% das Igrejas aparen-temente têm produzido sistemas de audio e vídeo, junto com uma variedade de materiais na Internet.
O artigo citado por uma reportagem da TFCinfo, firma de pesquisa em mercado audio-visual do Texas, diz que 60% das igrejas possuem um Web site, e mais da metade envia e-mails a seus membros. Outros meios cada vez mais usados são os podcasts e mensagens de texto.
Alguns dos serviços já estão disponíveis para a Bíblia, e em 2 de outubro, a BBC noticiou que um dos últimos serviços, chamado Ecumen, oferece orações diárias, ringtones e fotos para telefones celulares.
Os mais recentes fenômenos de sites de redes sociais não estão isentos de religião, como o New York Times noticiou em 30 de junho. Agora existe um grande número de sites sociais cristãos, onde os crentes podem ter contato social sem ter que entrar em sites onde todo tipo de conteúdo moralmente indesejável está presente.
Video podcasts religiosos também já existem, como o jornal semanal National Catholic Register noticiou em 27 de maio. No começo desse ano o arcebispo da Filadélfia, cardeal Justin Rigali, estreou no site popular YouTube, com uma série de vídeos contendo reflexões sobre o Evangelho.
A arquidiocese da Filadélfia e Boston também utilizam «streaming» de vídeo para alguns eventos, de maneira a torná-los acessíveis a um grande número de pessoas, segundo o artigo.
Batizar a Internet
Em 2002, o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais publicou um documento intitulado «Igreja e Internet».
«Uma vez que o anúncio da Boa Nova às pessoas formadas por uma cultura dos mass media exige uma cuidadosa atenção às características singulares dos próprios meios de comunicação, atualmente a Igreja precisa de compreender a Internet», explica o Conselho (nº 5).
A Internet oferece muitas vantagens, como um acesso direto a recursos espirituais unidos com a capacidade de ignorar distâncias. Isso oferece à Igreja novas possi-bilidades para comunicação.
As novas tecnologias de mídia também oferecem muitas possibilidades de comunicação recíproca e interatividade social. Enquanto esses meios são novos o aspecto social da Igreja como comunidade é um princípio muito antigo, comenta o documento.
A Igreja é, de fato, «uma comunhão de pessoas e de comunidades eucarísticas que derivam da comunhão com a Trindade e nela se refletem» (nº 3). Contudo, a comunicação é parte da essência da Igreja. Esta comunicação, especifica o Conselho, deveria estar caracterizada pela veracidade, respon-sabilidade, e sensibilidade aos direitos humanos.
O conselho também alerta que o mundo virtual tem suas limitações e que um planeja-mento pastoral é necessário para permitir às pessoas fazerem a transição do cyberespaço para uma comunidade pessoal, onde eles podem estar em contato com a presença de Cristo na Eucaristia e participar na celebra-ção dos sacramentos.
A Igreja deveria fazer uso total do potencial oferecido pelas novas tecnologias e comunicação para levar adiante sua missão, recomenda o documento. Ao mesmo tempo nós necessitamos ter firme na mente, o que o conselho exorta, que para todos os tipos de mídia, Cristo deveria ser nosso modelo e a fonte de conteúdo que nós comunicamos. Um modelo tão válido no século 21 como foi para os primeiros cristãos.
ZENIT é uma agência internacional de informação. Visite nossa página: http://www.zenit.org

pra rir um pouco...

No sábado tentei postar esta anedota do portuga Manuel, mas não consegui... então ela vai hj, pra começar com bom humor a última semana de novembro...

Um amigo do Manuel o vê carregando um armário nas costas pela rua e diz:
- Cê é louco, Manuel, este armário é muito pesado, precisa de dois para levar!
- E não somos dois? O Joaquim está dentro segurando os cabides!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

pensamento (não do dia mas) de sempre

"Cada fracasso ensina ao ser humano algo que ele precisa aprender" (Charles Dickens, escritor inglês).
Tomás Edison, inventor da lâmpada elétrica e de muitos outros inventos, talvez seja o ser humano que melhor entendeu e vivenciou esta aprendizagem...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Consciência tem cor?

A data de hoje, 20 de novembro, há alguns anos se celebra como o "dia da consciência negra"...
Para hoje, o Movimento Negro Paulista programou e realiza na Av. Paulistas a 4ª Marcha da Consciência Negra.
A Marcha da Consciência Negra é uma construção histórica coletiva, herdada das lutas travadas por negros e negras desde a chegada e escravização do primeiro africano no Brasil. Por isso em todo o país as manifestações públicas e todas atividades de 20 de novembro organizadas pelo Movimento Negro rememoram a ancestralidade negra através de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra.

A seguir, texto de Edson França, coordenador geral da Unegro (União dos Negros pela Igualdade), publicado no http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=28492:

Compreendemos que o Dia da Consciência Negra é um patrimônio imaterial do povo brasileiro, trata-se de uma generosa contribuição da população negra para construção da brasilidade, por isso Zumbi dos Palmares se encontra no Panteão dos Heróis Nacionais, todo brasileiro lhe deve reverência hoje e sempre.
Essa vitória tem grande significado político ao Movimento Negro e para luta da população negra, pois quem tem poder de construir mito nacional, tem poder de construir a própria nação. Em outras palavras mudar o Brasil é um sonho a ser atingido com o protagonismo do Movimento Negro e não uma utopia irrealizável.
Em São Paulo a Marcha da Consciência Negra teve sua primeira versão em 20 de novembro de 2003. Na ocasião compreendemos que tínhamos encerrado um longo ciclo que consistia na desconstrução do significado oficial do 13 de maio e consolidado o 20 de novembro - em última instância, a construção do Dia da Consciência Negra é uma longa batalha vencida contra a famigerada teoria da democracia racial.
O triunfo de Zumbi dos Palmares teve início em 1971 pelo Grupo Palmares, em Porto Alegre , quando propuseram mais valorização ao herói negro, até então, esquecido pela população brasileira. A vitória exigiu longos anos de debates, denúncias, seminários, ações de rua, além de algumas atividades de massa que repercutiram positivamente para consolidação do Dia da Consciência Negra, tais como: 1988 a grande Marcha do Centenário da Abolição no dia 13 de maio e em novembro a caravana nacional para Serra da Barriga, palco principal do conflito de Palmares e lar de Zumbi, 1995 a Marcha Nacional do Tricentenário de Imortalidade de Zumbi dos Palmares em Brasília, 2000 a caravana nacional para Porto Seguro conhecida como Outros Quinhentos - 500 anos de Resistência, Negra, Indígena e Popular, dentre outras. Voltando a São Paulo, vimos que a pulverização das atividades do Movimento Negro fragilizava a coletividade negra; a necessidade da união do Movimento Negro para uma ação de impacto conjunta; que o novo período exigia propostas e debate político público, então, definimos pela organização da I Marcha da Consciência Negra.
Para o Movimento Negro marchar em 20 de novembro é avançar na luta contra todas as injustiças que pesam sobre negros e negras. Compreendemos que a única saída para população negra é o combate e não se dará sem conflitos conta aqueles que nos oprimem.
Por isso nos interessa a justeza da reivindicação e da proposta, não tergiversamos e nem buscamos palavras agradáveis aos ouvidos da mídia ou de qualquer segmento que representa a burguesia dominante.
Essa é a razão das sucessivas vitórias do Movimento Negro brasileiro. Contra a mídia e a elite branca racista derrotamos o mito da democracia racial; criamos organismos de promoção da igualdade racial nas três esferas de governo; revogamos a Lei da Terra de 1854 na constituição com o artigo 68 da ADCT e o Decreto 4887/03, obrigando o Estado Brasileiro reconhecer a posse das terras dos quilombolas; criminalizamos constitucionalmente a prática de racismo; avançamos na implantação das cotas nas universidades; inserimos previsão orçamentária no plano pluri-anual da união e de vários estados e municípios; aperfeiçoamos a Lei de Diretrizes e Base da Educação através da Lei 10.639/03, com essa lei estabelecemos a base legal que desencadeara uma silenciosa revolução na educação e, conseqüentemente, no Brasil.
Essas conquistas indicam que o Movimento Negro está no caminho correto, que nosso processo de construção tem solidez. Respeitamos a diversidade contida em nosso interior, porém estamos imunes as ações de espertos e espertezas conjunturais, palavras bonitas, cartas na manga e outros truques que aparecem no processo político.
Faço questão de reiterar nosso propósito de que a 4ª Marcha da Consciência Negra sempre foi ampla, desde sua concepção, pois fizemos questão de envolver “juventude, a capoeira, as escolas de samba, o hip hop, as religiões de matriz africana, os evangélicos, e membros de todas as religiões, os estudantes e empresários e empreendedores - militantes ou não de Partidos e ou organizações e entidades. (...) participação de todos os setores anti-racistas da sociedade, negros ou não sob o tema”.
Quem leu ou ler os materiais das marchas anteriores constará o caráter amplo da Marcha da Consciência Negra, mobilizamos entidades comunitárias, pois sabemos que é nas comunidades, especialmente nas periferias que se encontram a população negra, por isso orgulhosamente recebemos movimentos populares do Capão Redondo, Jd. Ângela, Cidade Tiradentes, Perus, etc.
Compomos com os trabalhadores, sabedores que é na relação capital e trabalho que se acentua o racismo, através da CUT que altruísticamente abriu mão de sua tradicional Marcha do Sorriso Negro, da CGT que se envolveu inteiramente na Marcha e de vários sindicatos, como o Sindicato dos Metroviários que divulgou vários dias nas estações do metrô a Marcha da Consciência Negra com materiais que confeccionaram.
Não vou me estender a cada segmento citado, apenas tentei corrigir falas inapropriadas, ou melhor, mentirosas sobre o sentido da construção da Consciência Negra expresso nas marchas. Nunca as organizações e ativistas do Movimento Negro que se envolveram na Marcha da Consciência Negra restringiram a participação apenas para negros, ao contrário, sempre buscamos outros segmentos sociais e étnicos, entendendo que o racismo não é um problema de negro, mas do Brasil.
Por fim, a 4ª Marcha da Consciência Negra de São Paulo acatará a definição das políticas que a Assembléia Nacional do Conneb (Congresso Nacional de Negros e Negras) indicar, como forma de estabelecermos uma fala unificada do Movimento Negro em âmbito nacional.
Somos e seremos sempre intransigentes na defesa da unidade do Movimento Negro. Concebemos a unidade como um fundamento essencial para o avanço político e social das negras e dos negros brasileiros, acreditamos que a unidade da 3ª Marcha da Consciência Negra se dará nas bandeiras que defenderemos, na divisão do protagonismo político, no respeito as diferenças políticas e ideológicas e na compreensão que o dia 20 de novembro é reservado ao nosso líder maior Zumbi dos Palmares, à Consciência Negra e a todas as mulheres e homens que nos legaram essa luta.
Sem respeito a ancestralidade não há possibilidade de vitória dos negros na África ou na diáspora, resistiremos qualquer racista ou colaboracionista (consciente ou inconsciente) que tentar profanar a herança que recebemos de nossos avós.

* Edson França é Coordenador Geral da Unegro (União dos Negros pela Igualdade).

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Boletins de notícias "Comunicando de Moçambique"

Continua a postagem das edições de nº 10 ao 1 (na ordem inversa à sua publicação original, portanto de abril a janeiro)...


Comunicando de Moçambique / 10
Mangunde-Moçambique, 10 de abril de 2007.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos no Brasil!
Ainda animado pelas alegrias pascais, volto a comunicar-me com vocês daqui da bela Missão de Mangunde, “um pedaço do paraíso”. As boas notícias desta vez se referem às celebrações do tríduo pascal e do dia da mulher moçambicana, transcorrido sábado e celebrado no domingo da Páscoa aqui na Missão.
Celebrações pascais tiveram boa participação
Este ano os alunos internos passaram as festas da Páscoa aqui na Missão, porque a tradicional interrupção das aulas entre o 1º e 2º trimestre só acontece de 16 a 21 de abril. Desta forma, nossa igreja paroquial ainda em construção sempre esteve lotada nas celebrações do tríduo pascal. Na Quinta-feira Santa, a celebração da Ceia do Senhor, iniciada às 18h, teve que ser interrompida porque o pároco, padre Ottorino Poletto, não conseguiu passar pela balsa do rio Búzi próximo da vila do Búzi, onde ficou retido por cerca de uma hora devido ao rompimento do cabo de aço do batelão. Informados via telemóvel do contratempo, fomos todos pra casa jantar, para voltar à igreja pelas 20h30. Irmão Domingos Faz-Ver então iniciou a celebração com a liturgia da Palavra, porque o padre só conseguiu chegar um pouco depois das 21 horas.
Na Sexta-feira Santa a celebração da Paixão do Senhor iniciou pelas 15h30 na igreja, com a encenação do Auto da Paixão segundo o evangelho de João, feita por uma dezena de jovens. Antes disso, de manhã, pelas 8h iniciou uma reunião dos professores, interrompida abrutamente em consequência de agressões verbais de um professor ao diretor da escola, que se retirou do recinto, no que foi acompanhado por alguns outros. Das 11h às 13h, nós três Irmãos realizamos nosso 1º retiro comunitário do ano, com momentos de recollhimento e oração pessoal, concluído com breve partilha da oração e reflexão pessoal feita. E um pequeno grupo de jovens que aceitaram a proposta da Irmã Francinete Ribeiro se reuniram pelas 9h da manhã na igreja da Missão para uma experiência de espiritualidade, com jejum, até pelas 13 horas.
No Sábado Santo houve dois momentos diferentes. Das 10h30 ao meio-dia, os vários grupos da formação humana e da catequese se reuniram na escola e na igreja para uma explicação sobre o sentido da Páscoa cristã. E às 20h iniciou a solene celebração da vigília pascal, na igreja paroquial. Terminada a celebração, pelas 22h45, o grupo de jovens da Missão se encontrou na sala de reuniões do Centro Dia para uma confraternização com o grupo dos missionários e voluntários que atuam na Missão de Mangunde, que se estendeu até quase meia-noite.
Celebração do Dia da Mulher Moçambicana
Domingo de manhã não tivemos a costumeira missa das 9h30, porque padre Ottorino foi celebrar a missa pascal em várias outras comunidades do interior da paróquia. Então, das 10h30 até as 13h, os alunos e professores que passaram aqui as festas da Páscoa se reuniram no bloco central da Escola para o já tradicional momento da recreação. O grupo JOMA (Jovens para Mudança e Ação), assessorado pelo Prof. James Kostenblatt, voluntário americano do Corpo de Paz, comandou a apresentação artístico-cultural em homenagem ao Dia da Mulher Moçambicana, transcorrido no sábado, 7 de Abril. A data vem sendo celebrada há mais de 30 anos, em homenagem à grande batalhadora que foi Josina Muthemba Machel, falecida dia 7 de Abril de 1971, em Dar-es-Salaam. Josina foi a 1ª mulher do grande líder da independência moçambicana, Samora Moisés Machel.
Última semana de aulas do 1º trimestre
Ontem, segunda-feira de Páscoa, iniciamos a última semana de aulas antes da interrupção de uma semana entre o 1º e o 2º trimestre letivo. A partir da tarde da próxima sexta-feira, dia 13, os mais de 600 alunos internos começam a regressar à casa de seus pais para uns 10 dias de férias. Todos devem retornar nos dias 22 e 23 de abril para iniciar o 2º trimestre letivo, que vai encerrar-se dia 30 de junho. Nesses dias, nós Irmãos também vamos dar uma saída, e ainda estamos a decidir para onde...
Retificação necessária
Na edição nº 9, da semana passada, ao noticiar o retorno do padre Ottorino Poletto da sua viagem aos EUA, errei ao informar que ele era «ex-missionário comboniano agora pertencente ao clero diocesano da Arquidicese da Beira». O próprio diretor da Associação Esmabama explica sua situação pessoal, pelo e-mail que me fez chegar na terça-feira passada: “Eu sou ainda comboniano e nunca pensei de sair dos Combonianos. Ao mesmo tempo, não sou padre diocesano e nunca pensei de o ser. A única verdade é que eu pedi e recebi «dispensa por 3 anos dos compromissos da comunidade» para me poder dedicar com maior liberdade e disponibilidade à Associação Esmabama, ficando à disposição do Superior Geral e do Sr. Arcebispo naquilo que se refere aos meus compromissos pastorais”. Feita a retificação, peço mais uma vez desculpas ao padre Ottorino pelo meu ato falho, ao não checar devidamente a informação antes de publicá-la.
Possivelmente voltarei a comunicar-me daqui a duas semanas, para contar as boas notícias dos eventos ocorridos na semana de férias... A todos desejo boa continuação na vivência das alegrias pascais!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – Jornalista Reg. 4065 DRT-RS
E-mail: hbmom47@gmail.com


Comunicando de Moçambique / 9
Mangunde-Moçambique, 02 de abril de 2007.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos no Brasil!
Após duas semanas desde a última newsletter, volto a comunicar-mes com vocês daqui da bela Missão de Mangunde, “um pedaço do paraíso”. Temos diversas boas notícias de eventos ocorridos nas últimas duas semanas de março, que já pertence ao passado de nossas vidas. Iniciei a redação deste boletim ontem de tarde na Missão de Mangunde, e vim completá-la aqui na Beira, para onde vim esta tarde com nosso Toyotão, que precisa duma boa revisão mecânica.
Visitantes sempre são bem-vindos
Nos dias 19 e 20 de março estiveram de passagem em Mangunde 4 amigos do casal de médicos austríacos Mainard Knitel e Angelika Franz. Eles atuam como voluntários em outras regiões de Moçambique, e vieram conhecer nosso “pedaço do paraíso” para troca de experiências na área da saúde, sua especialidade.
Dia 22 voltou da sua viagem de férias ao Brasil a Irmã Rosineide Lima do Nascimento, comboniana da Parnaíba-PI. Falante da língua Ndau, atua pelo 8º ano em Mangunde, dando assistência pastoral às comunidades do interior da Paróquia, nas áreas da catequese, liturgia e visita às famílias. Uns dias antes chegou a voluntária italiana veronense Elisa Mazzi, para realizar seu estágio como psicóloga junto aos lares feminino e masculino de Mangunde; seu plano é permanecer conosco até meados de julho, para informar-se da medicina tradional do país.
De quinta para sexta-feira estiveram estiveram conosco a coordenadora adjunta e o coordenador logístico da Associação Esmabama, Alessandra Asti e Ricardo Proença. Em visita às 4 Missões Esmabama (Barada, Estaquinha, Machanga e Mangunde), entregaram materiais diversos trazidos do Escritório na Beira e atenderam diversas solicitações das mesmas.
E no sábado, último dia de março, já tarde da noite, chegou de volta da sua estada nos EUA o diretor geral da Associação Esmabama, padre Ottorino Poletto, ex-missionário comboniano agora pertencente ao clero diocesano da Arquidicese da Beira. Esperamos que permaneça conosco por mais tempo, para ouvir as demandas dos diversos setores da Missão, além de presidir as celebrações do Tíduo Pascal, que culminarão com o domingo da Páscoa.
Despedidas necessárias
Não apenas de chegadas é feita a vida em nossa Missão. Despedidas de visitantes e voluntários também acontecem com alguma frequência. É o caso do farmacêutico Luís Andrade, voluntário português que viajou domingo, da bióloga italiana Lisa Giacomelli, e do universitário português Edgar Bernardo, que viajarão esta semana de volta a seus países. No lugar do farmacêutico Luís, a serviço do Centro Dia para tratamento de aidéticos, veio o moçambicano Jacinto Madeira, que já por duas semanas está a trabalhar aqui para inteirar-se da rotina de trabalho aqui em Mangunde.
Encontrão de Jovens teve mais de 100 participantes
Foi a forma encontrada pelos responsáveis da Pastoral da Juventude para celebrar em nossa paróquia e missão de Mangunde o 22º Dia Mundial da Juventude, transcorrido ontem, domingo de Ramos. Cerca de 60 jovens internos dos lares masculino e feminino da Missão e outros tantos vindos das várias comunidades do interior da paróquia tomaram parte ativa no encontro iniciado sexta-feira à tardinha e encerrado domingo ao meio-dia. Através de diversas dinâmicas, os participantes refletiram sobre o tema proposto pelo papa Bento 16, apoiada no mandamento novo de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” (Jo 16, 34). Ontem de manhã todos participaram ativamente da Missa de Ramos, oficiada pelo padre Ottorino. E depois da celebração, os vários grupos apresentaram sua reflexão feita no dia de sábado, em forma de teatro. Viu-se verdadeiras obras de arte!
Rádio Caibaté na Internet
Na tarde da passada segunda-feira, dia 26 de março, consegui sintonizar no notebook a meu uso, com som local, a emissão da Rádio Caibaté agora na Internet. No dia seguinte, por e-mail, a radialista Miriane Willers me informava que eu fora o 1º brasileiro a sintonizar a “Porta-voz das Missões” pela Internet no exterior. Assim, se calhar, poderei me ouvir a mim mesmo, cá em Mangunde, falando nas entrevistas que por vezes dou nessa emissora, 5 horas mais cedo que no Brasil. Proezas somente possíveis graças à tecnologia da Internet! Certamente, nossos pais e avós jamais pensaram nessas maravilhas da comunicação. E isso que ainda não vimos tudo!
Ensino à distância continua em abril
Na semana de 16 a 21 de abril acontece nova etapa de estudos para os professores participantes do curso de Licenciatura de ensino à distância, promovido pela Esmaba e Escola João 23, em parceria com a Universidade Católica de Moçambique (UCM). As aulas acontecerão nas dependências da Escola João 23, em regime de internato, que cede local, prepara as refeições e aloja para pernoite metade dos participantes.
Até a próxima semana, quando voltarei a comunicar-me, caso tivermos mais boas notícias... Desejo a todos boa participação nas celebrações do tríduo pascal e uma feliz e santa Páscoa!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – Jornalista Reg. 4065 DRT-RS
E-mail: hbmom47@gmail.com


Comunicando de Moçambique / 8
Mangunde-Moçambique, 19 de março de 2007, festa litúrgica do “grande São José”.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos no Brasil!
Como temos boas notícias de fatos positivos ocorridos na semana que passou, estou chegando com nova edição da nossa “newsletter” semanal. Assim vamos continuar difundindio ainda mais o dístico da nossa bela Missão de Mangunde, criado pelo Irmão Domingos Faz-Ver, “um pedaço do paraíso”. No entanto, como não tratamos apenas de eventos da Missão de Mangunde, mas também das outras 3 Missões da Esmabama, da missão lassalista na Beira e da Igreja moçambicana, a partir desta edição nº 8 mudamos o título do nosso boletim semanal como indicado acima.
Visitantes ilustres
A casa de hóspedes da Missão de Mangunde esteve bem movimentada esta semana, com alguns visitantes de passagem, além de outros que vieram conhecer mais de perto e com calma esse “pedaço do paraíso”.
De passagem, de quarta para quinta-feira, esteve dona Conceição Reis, acompanhada do técnico Eugênio Fuleque, dos Serviços de Geografia e Cadastro, para o trabalho de medir as coordenadas da área da Missão de Mangunde e proceder ao levantamento das infra-estruturas construídas; daqui seguiram viagem para a mesma tarefa nas Missões de Machanga, Estaquinha e Barada.
No domingo à noite chegou a Mangunde, procedente da Beira (ainda está conosco) dona Lisa Giacomelli, doutora italiana formada em Biologia nos EUA. Ela veio conhecer “a mais bela das Misssões Esmabama”; se disse encantada com o que está a ver e até pensa em voltar algum dia com seu marido engenheiro para algum trabalho como voluntários. Também continua conosco desde inícios de março o jovem português Edgar Bernardo.
De quarta-feira à tardinha até domingo de manhã esteve de visita a Mangunde a Irmã Rute Valencia, comboniana do Equador, trabalhando em Moçambique desde os idos de 1990. Atualmente atua numa escola para meninas em Nacala-Porto, cidade e diocese ao norte de Moçambique, frequentada por 248 raparigas, das quais 178 são internas, porque nas zonas onde vivem no interior não teriam acesso a escola. Irmã Rute veio conhecer mais de perto a organização e o funcionamento do lar feminino de Mangunde, tido como referência para outros lares, e saiu muito contente e bem impressionada com o que viu por aqui.
Na 4ª-feira, junto com Irmã Rute, também veio de volta à comunidade comboniana de Mangunde a Irmã Milena, de regresso da sua viagem de férias em Portugal.
Arcebispo dom Jaime vai pedir ocupação das áreas das Missões católicas
Pelo levantamento feito por dona Conceição e o técnico Eugênio na 4ª e 5ª-feira, descobrimos que o terreno da Missão São Francisco de Assis, situada no Regulado de Mangunde, tem uma área total de exatos 71,0448 hectares. Referido levantamento, ora realizado nas 4 Missões da Associação Esmabama, está sendo feito nas demais Missões católicas pertencentes à Arquidiocese da Beira. Esse trabalho visa encaminhar o pedido de ocupação dos terrenos pertencentes à Igreja católica nessas Missões, nacionalizadas pelo governo logo após a Independência de Moçambique, em junho de 1975. Tal pedido será apresentado, oportunamente, pelo arcebispo dom Jaime Pedro Gonçalves, junto aos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, “com o fim de desenvolver a educação e a saúde para a comunidade local” junto a essas Missões.
Entrevista à Rádio Caibaté
Quinta-feira de manhã gravei aqui em casa minhas respostas a uma entrevista concedida à Rádio Caibaté, sediada na cidade do mesmo nome e integrante do Sistema Funave de Comunicações, com sede em Porto Lucena. (Ainda estou tentando enviar a gravação no formato mp3, compactada, por correio eletrônico). Na minha fala situei os ouvintes da “Porta-voz das Missões” a localização da Missão de Mangunde, um pouco da sua história e o trabalho que nela desenvolvemos atualmente.
Transcrevo minha resposta à última pergunta, sobre os estragos do Ciclone Fábio, dias 23 e 24 de fevereiro. “Já conseguiram se recuperar do susto e das avarias ocorridas?” me perguntou o gerente da emissora e apresentador do programa “Comando Geral”, Volmir Della Flora:
“Do susto nos recuperamos logo, já nos primeiros dias. Mas dos estragos ainda não, e vai durar mais algumas semanas até a conclusão dos consertos necessários no forro e telhado das salas que ficaram destelhadas. Estamos com sorte que não choveu mais desde a quarta-feira seguinte do ciclone; então os alunos frequentam normalmente as aulas, mesmo que alguns apanhem um pouco de sol na cabeça. Na quarta-feira de manhã, p. ex., dei uma volta para ver como estavam os animais criados na Missão, e encontrei 3 trabalhadores em cima do telhado de um dos blocos de aula repondo os barrotes e folhas de zinco, enquanto os alunos e professores trabalhavam tranquilamente nas salas. Mais perto do meio-dia vi de longe um dessess professores que convidou os alunos a levarem as carteiras para fora, para continuar a aula debaixo duma árvore de sombra próxima”.
Quem se habilita a responder?
No evangelho deste 4º domingo da Quaresma, encenado pela primeira vez aqui na igreja de Mangunde por um grupo de internas e internos, não se faz referência à mãe do filho pródigo. Ou será porque o pai fez o papel de mãe ao “correr ao encontro do seu filho para abraçá-lo e cobri-lo de beijos”, quando este decidiu voltar para casa? Com a palavra os exegetas e biblistas!
Até a próxima semana, quando voltarei a comunicar-me, caso tivermos mais boas notícias... Abraços e muitos cumprimentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – E-mail: hbmom47@gmail.com



Notícias de Mangunde / 7
Mangunde-Moçambique, 12 de março de 2007.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos no Brasil!
Segue o boletim desta semana, com 3 notícias acerca da nossa atuação aqui na bela Missão de Mangunde, “um pedaço do paraíso”, como fala o Irmão Domingos Faz-Ver.
Semana na Beira
Segunda-feira passada de manhã aproveitei carona (boléia, como falam por aqui) para ir à Cidade da Beira. Viajei no carro landrover da Comunidade La Salle Beira a serviço da Esmabama, com várias outras pessoas que também foram resolver assuntos na capital da Província de Sofala. O motorista Fernando Elias levava o sangue coletado no Hospital-Dia de Mangunde para análise no laboratório do Hospital Central da Beira.
Objetivo da minha ida a Beira foi encaminhar a documentação para renovar minha carta de condução moçambicana, cujo prazo termina no final deste mês de março, quando completo meus 60 anos de vida. Aproveitei também fazer compras para nossa casa.
Minha previsão era voltar a Mangunde na tarde de quarta-feira, na mesma viatura que levaria o resultado do sangue coletado para o teste HIV/Sida. No entanto, isso não foi possível, devido à demorada burocracia ainda reinante: levei três dias até completar toda a documentação necessária para “ metê-la” (como dizem aqui) no Instituto de Viação, o que apenas consegui tarde da quinta-feira. Assim, acabei ficando com os Irmãos na Comunidade La Salle Beira até sábado depois do meio-dia, quando almocei com a comunidade dos dois postulantes com seus formadores, os Irmãos Ivo Pavan e Vanderleio Kraemer.
Na sexta-feira de noite, no escritório da Esmabama e junto com Irmão Domingos Faz-Ver e algumas outras pessoas aqui de Mangunde, participei da festinha de despedida da Inmaculada Ortis (Inma), voluntária espanhola que trabalhou por algum tempo como projetista da Associação Esmabama. Ontem, domingo, ela retornou a seu país, onde continuará trabalhando a serviço de “Manos Unidas”, uma entidade de promoção humana e social em favor das populações de muitos países subdesenvolvidos.
Reformas em andamento
Ainda continuam as obras de reforma nas Missões de Machanga e Mangunde, as mais atingidas pelo ciclone Fábio, que assolou dezenas de distritos nas províncias de Ihambane, Sofala e Manica entre os dias 22 e 23 de fevereiro passado. Aqui em Mangunde, as obras de refoma do forro e telhado dos 3 prédios da escola atingidos pela ventania eram para iniciar na semana que passou. Mas os poucos operários encarregados disso continuam a trabalhar em Machanga, onde a reforma é prioritária e maior, porque lá ficou quase tudo destruído. Enquanto não chove mais, as 10 salas de aula aqui em Mangunde sem cobertura continuam sendo usadas normalmente, à espera das reformas talvez na outra semana.
Jornal Tiri Tesse
Segunda-feira passada saiu a 2ª edição do semanário “Tiri Tesse” (estamos juntos) deste ano. O jornal mural é elaborado por um grupo de alunos internos da escola, com minha assessoria jornalística. Na reunião de pauta de ontem, preparatória à 3ª edição do ano, iniciei um trabalho formativo na área, visando ajudar os futuros jornalistas a produzirem reportagens e textos de melhor qualidade. Em entrevista com o diretor do jornal, Amós Fernando Zacarias, da 11ª classe, ele se declarou satisfeito com essa experiência já iniciada ano passado, com assessoria da jornalista Letícia e do Alexsandro Machado. Amós garantiu-me que o seu sonho profissional é ser jornalista, e está a perceber que essa experiência do jornal escolar já é uma prévia do curso universitário que pretende seguir daqui a dois anos, assim que concluir as duas últimas classes do ensino secundário geral de 2º ciclo.
Pensamento da semana
“O diretor ajuda os Irmãos, e os Irmãos ajudam a endireitar o diretor”.
A máxima foi-me transmitida sábado passado, num bate-papo pelo Skype, com um jovem Irmão de uma comunidade lassalista gaúcha. Explicou-me que foi a forma que encontraram para um melhor entendimento mútuo nas relações interpessoais na comunidade. Penso que tal comunidade continua forte candidata para ser a melhor comunidade da Província.
Até a próxima semana, quando voltarei a comunicar-me, se houver novidades... Um abraço e muitos cumprimentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – E-mail: hbmom47@gmail.com



Notícias de Mangunde / 6
Mangunde-Moçambique, 04 de março de 2007.
Olá, estimados familiares, Irmãos, amigas e amigos do Brasil!
Envio-lhes nosso 6º boletim de notícias, quando já completamos pouco mais de um mês da nossa permanência aqui na Missão São Francisco de Assis, em Mangunde, onde chegamos no dia 25 de janeiro.
Reparando estragos do ciclone
Apesar dos estragos feitos pelo ciclone tropical Fábio (cf. Boletim 5) aqui na escola, as aulas decorreram normalmente esta semana. Exceto na segunda e terça-feira-feira, quando algumas turmas ainda não puderam ter aula por causa da chuva que continuou a cair e inundou suas salas sem telhado. Amanhã, segunda-feira, esperamos que os carpinteiros da Missão possam começar a repor o forro e telhado arrancados nos 3 prédios da escola atingidos pelo ciclone. Durante toda esta semana eles trabalharam na reforma das 4 casas dos professores também fustigadas pelo vendaval.
Mais alunos e internos
Encerrado o prazo de matrículas e feita nova contagem e verificação dos nomes dos alunos, constatamos sensível aumento em relação aos números divulgados na 1ª quinzena de fevereiro. Começamos o mês de março com um total de 1.513 alunos matriculados na ESSFA (Escola Secundária São Francisco de Assis), distribuídos em 37 turmas, incluídas as 7 classes e turmas que funcionam nas salas anexas de 3 zonas próximas de Mangunde. Eis os números por níveis de ensino: no EP1 (1ª à 5ª Classes) temos 435 alunos, além de 224 nas salas anexas; no EP2 (6ª e 7ª Classes) são 234 alunos; no ESG1 (8ª à 10ª Classes) estamos com 463 alunos e 157 no ESG2 (11ª e 12ª Classes).
Já no internato estamos agora com 630 alunos internos (da 6ª Classe em diante), sendo 408 rapazes e 222 raparigas. No lar masculino 4 professores fazem o acompanhamento e orientação dos rapazes. E no feminino há duas titias que ajudam a Irmã Francinete Maria Ribeiro na orientação e pequenos trabalhos internos da Missão. Para tal, os rapazes estão distribuídos em 39 grupos, de 10 a 18 integrantes cada, tendo cada grupo um coordenador e um vice; as raparigas formaram 45 grupos, de 5 integrantes cada, com uma coordenadora.
Música e canto a favor do teste HIV/Sida
Evento inédito na Missão de Mangunde aconteceu neste final de semana. Por iniciativa do casal de médicos austríacos Mainhard e Angelika, responsáveis pelo Centro Dia, realizou-se um trabalho musical diferente. O jovem cantor e compositor moçambicano Hélio Dias Vanimal, do projeto Djavana 2, acompanhado do guitarrista e produtor musical austríaco Roland Pickl, liderou a composição e gravação em CD duma canção incentivando as pessoas, especialmente os jovens, a fazerem o teste HIV/Sida. Cerca de 15 jovens internos, rapazes e moças, participaram ativamente da proposta de compor a canção, que ficou com o título “Não tenho medo” (de fazer o teste). Um pouco depois das 10h desta manhã, no momento da recreação dominical dos internos, o grupamento apresentou a professores e alunos reunidos no pátio da escola o resultado do trabalho realizado durante todo o dia de ontem (composição da letra e música, seguida dos ensaios e gravação do CD). Hélio e Roland com seus colaboradores foram muito aplaudidos. E pelas 15h a dupla Hélio e Roland retornou à “Terra da Boa Gente”, Inhambane, onde mantém sua sede. Nos próximos dias espero poder enviar uma cópia para conferirem a beleza que ficou a mensagem elaborada por gente nossa daqui!
Início das atividades formativas
Como previsto no calendário de atividades da Missão, neste sábado, dia 3 de março, damos início às atividades da catequese e formação humana para todos os alunos internos da Missão. Pelas 10h30 houve concentração geral na frente do prédio central da escola. Cerca de 80 jovens inscritos para a formação humana se dirigiram para uma conversa inicial com o Irmão Roberto Carlos na direção da “capela velha”, que vem a ser a sombra de uma frondosa árvore às margens do rio Búzi, agora já de volta a seu leito normal.
Como já informei no boletim anterior, temos 56 internas e internos maiores que se dispuseram a ser catequistas. Domingo passado, na celebração da palavra na igreja matriz, eles assumiram diante de todos o compromisso de ajudarem a seus colegas no conhecimento da pessoa e proposta de Jesus Cristo. Ontem de manhã mesmo, antes da concentração no pátio, os inscritos na catequese foram distribuídos em cerca de duas dezenas de grupos. Mais de 50 jovens ficaram sem grupo, porque ainda não se haviam inscrito. Se até eu, como coordenador adjunto da Missão e da catequese, fiquei um tanto confuso com tantos nomes para carinhas que parecem todas iguais, imaginem eles se acharem nas listas expostas nem uma hora antes no mural junto a uma frondosa árvore de sombra e, depois, localizarfem os seus catequistas e o seu grupo na respectiva sala! Mas no outro sábado, dia 10 de março, esperamos que tudo já caminhe melhor e dentro dos conformes!
Até a próxima semana, se houver novidades... Abraços e muitos cumprimentos a todos!Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – E-mail: hbmom@terra.com.br


Notícias de Mangunde / 5
Mangunde, Moçambique, 26 de fevereiro de 2007.
Olá, amigas e amigos do Brasil!
Esta é a 2ª versão do boletim nº 5, com data de hoje, segunda-feira, e alguns acréscimos acerca da calamidade que nos atingiu na noite de quinta para sexta-feira, o ciclone tropical Fábio, que se abateu sobre a região sul da Província de Sofala. A 1ª versão consegui enviar sábado à tardinha para apenas algumas pessoas, usando um notebook emprestado do Prof. Alberto Pedro, da EFR (Escola Familiar Rural).
1. Machanga sofreu mais: pelas informações obtidas via rádio (as 4 Missões Esmabama estão todo dia interligadas por rádio-amador), a Missão de Machanga foi a mais atingida pela ventania forte e muita chuva que se abateu sobre aquela missão já na tarde de quinta-feira. Na manhã de sábado, pelo rádio, informaram de lá que “a Missão de Machanga está espatifada”! Ontem de noite veio de lá o senhor Ricardo, responsável pela logística do escritório Esmabama, e informou que já conseguiu encaminhar o socorro necessário àquela Missão, centro do ciclone. Em nenhuma das duas missões atingidas pelo ciclone Fábio funcionaram as aulas na sexta-feira. Tivemos assim um feriado forçado!
2. Estragos por aqui: Aqui em Mangunde a ventania e a chuva forte só chegaram pelas 11 horas da noite de quinta-feira, até o amanhecer de sexta. Só depois que amanheceu, mesmo a chuva ainda caindo, é que foi possível nos darmos conta dos estragos feitos pelo ciclone por aqui. Na escola há umas 10 salas sem telhado e o forro caído, sem condições de funcionarem aulas antes duma reabilitação (reforma). Também 4 das 20 casas dos professores tiveram avarias no telhado. Vimos muitas árvores com galhos quebrados e outras caídas e arrancadas, assim como a maioria das papaieiras (mamoeiros) que o Irmão Plácio Bohn ajudou a plantar no ano passado. Das 3 papaieiras altas ao lado da nossa casa, duas caíram em consequência do vento forte. Os quartos da nossa casa, assim como a cozinha e o refeitório, apesar das janelas todas fechadas, amanheceram encharcados de água. O mesmo aconteceu nos dormitórios dos lares (internatos) masculino e feminino. Mais de uma hora levamos na sexta-feira de manhá para retirar a água e secar o chão.
Pelas 11 horas, quando a chuva amainou, acompanhamos muitos internos, todo mundo de pé no chão, numa caminhada pelos arredores da Missão, para ver mais de perto os estragos. O rio Búzi estava bem fora do seu leito normal, e as machambas nos seus arredores totalmente invadidas pelas águas. Pelas 13h voltou a chover torrencialmente, e as águas do rio Búzi voltaram a subir perigosamente. Pela meia tarde, em rápida reunião dos principais responsáveis pelos vários setores da Missão, se decidiu pela retirada dos doentes do hospital para a igreja da Missão, e dos documentos da secretaria da escola para o 2º piso da moradia dos Irmãos. Os cabritos foram conduzidos para um lugar mais elevado e seguro, e mais de 50 porcos foram transferidos para duas salas de aula, a fim de estarem a salvo em caso das águas invadirem a Missão. Apenas pelas 18h a chuva começou a amainar; uma hora depois as águas deram sinal de baixar, de modo que não foi preciso os internos irem pernoitar também na igreja. Na manhã de sábado fizemos uma grande operação-limpeza, das 7h às 11h, para desgalhar e retirar as árvores caídas, levar de volta os doentes da igreja para o hospital e os porcos da escola para suas baias.
Os Irmãos Domingos Faz-ver e Roberto Carlos Ramos tinham programado sair pelas 3h da madrugada de sexta-feira em direção a Beira, com mais 3 voluntários, para uma reunião e compras para nossa casa. O plano caiu literalmente na água! Assim, conseguiram sair pra Beira apenas na manhã de sábado, e voltaram na madrugada desta segunda-feira. Na Beira, além de relatar o sucedido aqui em Mangunde, puderam participar da cerimônia de ingresso dos 3 novos Postulantes, às 18h, na capela da Comunidade La Salle.
Sábado de manhã, além do nosso carro, outros dois saíram daqui, um pra Estaquinha em busca de barrotes para reparar as casas dos professores, e outro em direção a Machanga, para reforçar o socorro prestado pelo pessoal da Esmabama a partir da Beira. Mas primeiro tiveram que retirar, a machado e catana (facão) umas 10 árvores caídas com o vendaval para dentro da estrada, de 25 km de chão (melhor, de areia), que liga Mangunde ao asfalto, na Estrada Nacional nº 1.
3. Catequese: Para sábado tínhamos programado um dia de retiro com os catequistas da Missão, que ficou adiado para uma outra data. Assim mesmo, ontem de manhã, na celebração da palavra que presidi pela 1ª vez na igreja, na ausência do padre, fizemos a apresentação dos catequistas, com o rito do seu compromisso e envio. É um belo grupo de 55 catequistas, a maioria internas e internos, e com eles daremos início à catequese na Missão no próximo sábado, dia 3 de março, pelas 10h, junto com a formação humana para os que não são catequizandos.
4. Vamos em frente! Ninguém fique preocupado com nossa situação. Todos estamos bem e tentando ajudar ao pessoal a sair dessa calamidade com seus próprios meios. A equipe de apoio do Escritório Central da Associação Esmabama, com sede na Beira, também está em ação para a ajuda necessária, de modo especial em Machanga. As Missões de Barada Estaquinha nada sofreram com o ciclone Fábio.
Até a próxima semana, se houver novidades... Abraços e muitos cumprimentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc


Notícias de Mangunde / 5
Mangunde, Moçambique, 23 de fevereiro de 2007.
Olá, amigas e amigos do Brasil!
Desta vez lhes escrevo antes do domingo, para informar sobre a calamidade que nos atingiu na noite passada, o ciclone tropical que se abateu no dia de ontem, quinta-feira, sobre toda a região sul da Província de Sofala.
1. Machanga sofreu mais: pelas informações obtidas via rádio (as 4 Missões Esmabama estão todo dia interligadas por radio-amador), a Missão de Machanga foi a mais atingida pela ventania forte e muita chuva, que se abateu sobre aquela missão já na tarde de ontem. Aqui em Mangunde a ventania e chuva forte só chegaram pelas 11 horas da noite, até o amanhecer. Em nenhuma das duas missões atingidas pelo ciclone funcionam as aulas hoje. Estamos de feriado forçado!
2. Estragos por aqui: Só depois que amanheceu, mesmo a chuva ainda caindo, é que foi possível nos aperceber dos estragos feitos pelo ciclone aqui em Mangunde. Na escola há 5 salas destelhadas, sem condições de funcionarem aulas antes duma reabilitação (reforma). Também 4 casas de professores estão com avarias no telhado. E muitas árvores com galhos quebrados e outras caídas, assim como a maioria das papaieiras (mamoeiros) que o Irmão Plácio ajudou a plantar no ano passado. Das 3 papaieiras altas ao lado da nossa casa, duas caíram em consequência da chuva e ventos fortes. Os quartos da nossa casa, apesar das janelas todas fechadas, amanheram enxarcados de água. O mesmo aconteceu nos dormitórios dos lares (internatos) masculino e feminino. Passamos quase meia manhã para retirar a água e secar o chão. Pelas 11 horas, quando a chuva amainou, acompanhamos muitos internos, todos de pé no chão, numa caminhada pelos arredores da Missão, para ver os estragos feitos. O rio Búzi está bem fora do seu leito normal, e muita machamba nos seus arredores está totalmente invadida pelas águas...
3. Consequências: Os Irmãos Domingos Faz-ver e Roberto Carlos Ramos tinham programado sair pelas 3 horas da madrugada desta sexta-feira em direção a Beira, junto com mais 3 professores, para fins diversos. O plano caiu literalmente na água, pois agora de tarde a chuva voltou com toda a força! Para amanhã, sábado, tínhamos programado um dia de retiro com os catequistas da Missão, programa que já adiamos para uma outra data. E ainda não sabemos se na próxima segunda-feira poderemos voltar a funcionar normalmente com as aulas para todas as turmas da escola, pois ao menos 5 salas precisam de reforma no telhado, além das 4 casas dos professores.
4. Vamos em frente! Ninguém precisa ficar muito preocupado com nossa situação, pois temos meios de sair dessa calamidade. Toda a infra-estrutura de apoio da Associação Esmaba está de prontidão para qualquer emergência maior. Antes do meio-dia saiu daqui uma viatura em direção a Machanga, para reforçar o socorro prestado pelo pessoal da Esmabama vindo da Beira.
Agradecemos às pessoas que nos escreveram durante a semana, e esperamos que mais gente faça o mesmo. É a forma como sentimos o seu apoio e incentivo em nossa missão além-fronteiras... Até a próxima semana, se houver novidades... Abraços e muitos cumprimentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc


Notícias de Mangunde / 4
Mangunde, Moçambique, 18 de fevereiro de 2007.
Olá, amigas e amigos do Brasil!
Outra vez estou a escrever-lhes, para informar brevemente sobre nossas atividades aqui na Missão de Mangunde, onde já estamos há três semanas.
1. Escola e internato: as aulas estão a decorrer normalmente, com pequeno aumento no número de alunos internos: contamos agora com 405 rapazes no lar masculino e 210 raparigas no lar feminino, o que dá um total de 615 internos na Missão. O lar masculino ainda carece de melhores instalações para cozinha e refeitório, cuja construção já se encontra iniciada.
2. Visitas: na quarta e quinta-feira recebemos aqui a visita do Irmão Henrique Longo, vindo da Beira; como substituto na função do mexicano Irmão Marco Antônio Moreno Siqueiros, ele visitou esta semana as 4 missões da Esmabama para dar acompanhamento aos professores que participam do curso de Bacharelato à Distância, em convênio com a UCM (Universidade Católica de Moçambique), Escola João 23 e Esmabama. E ontem, sábado, Irmão Roberto Carlos Ramos e eu fomos à cidade de Chimoio, capital da vizinha Província de Manica, distante 220 km daqui, para compras para a casa no Shoprite; aproveitamos para breve visita à comunidade das Irmãs Salvatorianas, que há mais de 10 anos atuam nas áreas de saúde e pastoral daquela diocese e contam com um grupo de aspirantes; no momento também estavam de passagem duas supervisoras da Comunidade Santo Egídio, em visita às suas comunidades em Moçambique; o Irmão Roberto Carlos teve a alegria de encontrar sua conterrânea de Bandeirante-SC, Irmã Maria Pagliarini, e eu reencontrei duas Irmãs já conhecidas dos anos 1996-99, uma das quais a Irmã Catarina.
3. Viagem do padre Ottorino Poletto: de 23 de fevereiro a 31 de março o diretor da Esmabama e coordenador geral da Missão de Mangunde estará no exterior; a convite de alguns amigos e benfeitores americanos, vai pregar a Quaresma numa paróquia dos EUA. Mas no domingo de Ramos e semana santa estará de volta para as celebrações pascais aqui na Missão, já que não haverá feriado nesses dias para os alunos internos.
4. Início das atividades formativas: no final da próxima semana daremos início às atividades da catequese e formação humana para os alunos internos; nas noites de quinta e sexta-feira haverá encontros de formação para os catequistas; no sábado participam dum dia de espiritualidade, e no próximo domingo assumirão seu compromisso publicamente, durante a missa, e serão apresentados a seus catequizandos. E no outro sábado, dia 3 de março, iniciam as atividades da catequese e da formação humana na Missão.
Agradecemos às poucas pessoas que nos escreveram durante a semana, e esperamos que mais gente nos escreva. É a forma como sentimos o seu apoio e incentivo em nossa missão além-fronteiras... Até a próxima semana, se houver novidades... Abraços e muitos cumprimentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc
Nota: Quem ainda não o fez, vale a pena ler a homilia de dom ErwinKrautler, bispo do Xingu pelo 2º aniversário da morte da Irmã Dorothy, domingo passado. dois anos da morte da irmã dorothy.htm


Notícias de Mangunde / 3
Mangunde, Moçambique, 11 de fevereiro de 2007.
Olá, amigas/os do Brasil!
Volto a comunicar-me com todos, para informar das nossas atividades missionárias neste recanto moçambicano, um pedaço do paraíso.
1. Festas: Hoje estivemos um pouco de festa, celebrando os 41 anos de minha vida religiosa lassalista (primeiros votos, pronunciados dia 11/02/1966 em Flores da Cunha), com mais 19 colegas; e ontem foram 42 anos da tomada de hábito lassalista do belo “Jardim da Imaculada”, do qual sobram ainda 4 belas flores: além de mim, os Irmãos Antonio Cantelli, Henrique Longo e Nelso Bordignon; dos 4, apenas o Irmão Nelso ainda falta ser missionário cá em Moçambique.
E pela passagem do Dia do Enfermo, hoje, ao meio-dia as Irmãs do Hospital ofereceram um almoço e convívio aos seus funcionários. Também uma dezena de ativistas que colaboram no combate ao Sida participaram. O almoço acabou saindo só às 14h30 e agora, 16h20, estão a recolher os materiais usados no convívio... Coisas de Moçambique!
2. Aulas: Amanhã já vamos para a 3ª semana de aulas aqui na Escola Secundária São Francisco de Assis, em Mangunde, como de resto nas demais escolas do país. E aos poucos vai se completando o número de alunos e internos. Aqui em Mangunde estão matriculados e frequentando as aulas exatos 1.319 alunos, dis-tribuídos em 37 turmas, incluídas as 6 turmas das duas salas anexas, ligadas à Escola São Francisco de Assis. Distribuídos por níveis ou ciclos, temos o seguinte quadro: 379 alunos no EP1 (ensino primário de 1º grau), 192 no EP2 (ensino primário de 2º grau), 423 no ESG1 (ensino secundário geral de 1º ciclo) e 113 no ESG2 (ensino secundário geral de 2º ciclo).
3. Internato: Desses alunos todos, 580 são internos, sendo 370 rapazes no Lar Masculino, e 210 raparigas no Lar Feminino, cada qual acompanhado por tios e tias responsáveis. Os internos estão distribuídos em 29 grupos de trabalho, de 10 a 18 integrantes cada; e as internas formaram mais de 40 grupos menores, de 5 integrantes cada, orientadas pela Irmã Francinete Ribeiro, comboniana brasileira do Piauí, que está há um ano em Mangunde e 7 em Moçambique (antes trabalhou em Nampula).
4. Visitas: Na terça-feira acompanhei a Irmã Francinete na visita à Missão Santo António de Barada. Ela está muito diferente de 7 anos atrás, quando estive a última vez por lá (2000). Há novas salas de aula, novas casas de professores, novo lar masculino, capela reformada e até padaria semi-industrial. Os dois internatos – masculino e feminino – estão quase lotados, carecendo ainda de melhor organização e infra-estrutura o lar feminino, que está com novas pessoas resonsáveis, que aos poucos vão tomando pé da situação e organizando as atividades. Na próxima semana esperamos aqui a visita do Irmão Henrique Longo, que antes vai passar por Barada e Estaquinha, que está a assumir as funções do mexicano Irmão Marco Antonio junto à Associação Esmabama.
5. Organização pastoral: Na quarta-feira de tarde tivemos aqui em casa uma reunião da chamada “equipa missionária” com o padre Ottorino Poletto, para organizarmos nossa atuação mais coordenada na Missão. Além da partilha de sentimentos e apresentação pessoal, fez-se uma distribuição de responsabilidades nas várias pastorais ligadas aos internatos e à paróquia, como segue: Ir. Domingos Faz-Ver na coordenação da Liturgia; Ir. Hugo na coordenação da Catequese e responsável adjunto da Missão; Ir. Roberto Carlos Ramos da formação humana; e Irmã Francinete da Pastoral Juvenil e Vocacional. Combi-namos também de nos encontarmos a cada mês, para partilha de vida e organização da nossa atuação missionária conjunta.
6. Festas carnavalescas: Próximo final de semana aí no Brasil será o Carnaval, coisa que as populações interioranas cá em Moçambique desconhecem por completo e por isso não festejam; apenas no rádio e na televisão se fala de alguma promoção nos clubes esportivas, mas bem longe das promoções no Brasil. Por isso, na terça-feira de Carnaval as atividades em todo o país aqui são normais, sem feriado nem “ponto facultativo”.
7. Comunicação: Algumas pessoas andaram a estranhar que não nos comunicamos com tanta fre-quência via Internet. Acontece que aqui estamos no meio do mato mesmo, e nem sempre a Internet está a funcionar. De lembrar também que energia elétrica só temos à noite, das 18h30 às 21 horas, quando se desliga o gerador; e a energia solar funciona precariamente durante o dia, e precisamos poupar para não faltar nos locais de maior precisão, como é o centro de saúde e o hospital dia.
Escrevam sempre que quiserem e puderem. É a forma como sentimos o seu apoio e incentivo em nossa missão além-fronteiras... Até a próxima semana, se houver novidades... Abraços e muitos cum-primentos a todos!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc


Notícias de Mangunde / 2
Mangunde, Moçambique, 04 de fevereiro de 2007.
Olá, caros familiares e amigas/os!
Estou a enviar a 2ª edição do boletim “Notícias de Mangunde”, com algumas novidades da nossa 1ª semana de aulas na Escola e outras atividades aqui na Missão de Mangunde.
1. Abertura do ano letivo 2007: Como anunciei domingo passado, segunda-feira, dia 29 de janeiro, deu-se abertura oficial ao ano letivo de 2007 em todas as escolas do país. Moçambique arrancou o ano letivo com duas mil novas escolas, abertas e construídas pelo governo. Aqui na Missão as cerimônias foram dirigidas pelo Irmão Domingos Pedro Zina Faz-Ver, novo diretor pedagógico do Ensino Secun-dário Geral de 2º ciclo. A sessão de abertura durou cerca de duas horas, iniciada com o plantio de diversas mudas de árvores de sombra na alameda de acesso à escola, por representantes dos alunos, professores e direção. Em seguida, todos se dirigiram para a “antiga capela”, que na verdade é a copa duma grande árvore, às margens do rio Búzi, que passa aqui perto, que serve também como local de banho dos alunos internos. Enquanto alguns alunos internos iam trazendo cadeiras para as autoridades poderem sentar, os menores cantavam junto com o Irmão Domingos: “Aluno, cuidado escola! Se não no fim do ano chumba” (Atenção, aluno, à escola! Se não no fim do ano roda!). A cerimônia continuou com o canto do novo hino nacional, pelos professores e alunos presentes. Seguiram-se orientações diversas para o novo ano letivo e a distribuição dos alunos e professores pelas 39 turmas da escola. E na terça-feira as aulas arrancaram pra valer, com início às 7h da manhã até 11h50, e às 12h45 às 17h35; vale lembrar que aqui em Moçambique são cada dia 6 períodos de aula por turno.
2. Agropecuária: Uma das atividades extraclasse fortes nas escolas das Missões, também aqui em Mangunde, é a AGP, atividades de Agropecuária. Com dois objetivos principais: os alunos aprender na teoria e na prática o cultivo de pequenos animais e plantações na lavoura, e fornecer alimentação aos internatos masculino e feminino. Isso porque tais internatos é para se tornarem, com o tempo, auto-suficientes, já que o PMA (programa mundial de alimentos) está a reduzir progressivamente o forne-cimento de alimentação às missões (neste ano de 2007 a redução é de 25%, no próximo ano será de 50%, até chegar a 100% em 2010).
3. Escola Familiar Rural (EFR): Esta também é uma iniciativa nova aqui na Missão de Mangunde, visando ensinar aos alunos interessados, especialmente às raparigas, o cultivo da lavoura e a criação de pequenos animais. Há dois professores destacados para dar andamento e acompanhamento a esta iniciativa, e esperamos que sejam bem sucedidos.
4. Missão da Comunidade La Salle Mangunde: como já informei no 1º boletim, nossa principal função na missão é o acompanhamento pedagógico da Escola Secundária São Francisco de Assis. Assim, o Irmão Domingos assumiu a direção pedagógica do ESG2, além de auxiliar na mesma função ao diretor pedagógico do EP1 (ensino primário de 1º grau); o Irmão Roberto Carlos está dando 29 aulas/semana nas turmas de 9ª à 12ª Classes, de Moral e Cívica, Geografia e Português; e eu, Irmão Hugo, vou ajudar na direção e secretaria na digitação e fotocópia de documentos, além da direção da comunidade religiosa. E o jovem voluntário Cleber Catapan ajuda onde pode ao pessoal da AGP e EFR.
5. Visitantes: Receber visitas sempre é bom e agradável, e acontece muito frequentemente por aqui. Nesta 1ª semana de aulas recebemos aqui na Missão de Mangunde as seguintes visitas:
· na quinta-feira, da Drª Conceição, veterinária e orientadora junto à Associação Esmabama das atividades de AGP, tendo orientado por mais de duas horas, no terreno, o pessoal encarregado acerca do cuidado dos suínos, patos, cabritos e gado bovino;
· na sexta-feira recebemos a visita do pároco de Muchungue, padre Jacob, comboniano de Benin, a cuja jurisdição pertence nossa Missão de Mangunde; à tardinha celebrou a Eucaristia na capela das Irmãs Combonianas.
· e hoje, domingo, do padre Ottorino Poletto, diretor da Associação Esmabama e grande animador e incentivador de todo pessoal que atua nessas 4 missões (Estaquinha, Mangunde, Barada e Machanga).
E assim vou concluindo por hoje. Na próxima edição espero poder informar os números dos alunos atendidos aqui em Mangunde, na Escola Secundária São Francisco de Assis e no internato.
Muitos cumprimentos e abraços a todas/os amigas/os que nos apóiam aí do Brasil!
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc – Diretor da Comunidade La Salle


Notícias de Mangunde / 1
Olá, amigos do Brasil!
Já estamos há 3 dias em Mangunde, nossa nova missão este ano. Chegamos aqui dia 25 de janeiro, quinta-feira, já noite e com bastante chuva, após uma semana de estada na comunidade La Salle Beira. Na segunda, terça e quarta-feira participamos dos trabalhos da 5ª assembléia da ESMABAMA, entidade jurídica que coordena os trabalhos das 4 missões que a integram: Estaquinha, Mangunde, Barada e Machanga; o encontro serviu para uma partilha das atividades realizadas em cada uma dessas missões nas áreas de educação, saúde e agro-pecuária ao longo do ano passado, e planejamento dos trabalhos do novo ano letivo que estamos iniciando.
Ontem de noite, sábado, fizemos a nossa 1ª reunião comunitária, para partilha das primeiras impressões e distribuição das várias funções na missão. Na Escola o ano letivo inicia amanhã, segunda-feira, dia 29 de janeiro, como aliás nas esclas de todo o país. Aqui em Mangunde estão matriculados mais de mil alunos, assim distribuídos em 29 turmas: 379 no EP1 (ensino primário de 1º grau), 192 no EP2 (ensino primário de 2º grau), 371 no ESG1 (ensino secundário geral de 1º grau) e 113 no ESG2 (ensino secundário geral de 2º grau).
O Irmão Domingos Faz-Ver é o diretor pedagógico do ESG2, diretor pedagógico adjunto do EP1 e professor de Filosofia e História na 11ª e na 12ª Classes; o Irmão Roberto Carlos Ramos vai assumir 24 aulas semanais de Português em 2 turmas da 9ª Classe, Moral e Cívica na 9ª e 10ª Classes e Geografia na 11ª e 12ª Classes; o jovem voluntário Cleber Catapan (ex-aluno do Agro de Xanxerê-SC) vai dar aulas teóricas e práticas de agro-pecuária, ensinando os alunos a lidar com animais e plantações; e eu, Irmão Hugo Mombach, além da direção da comunidade religiosa, vou ajudar nos serviços de digitação e fotocópias na escola. Além desses serviços, cada um dos Irmãos vai ajudar em vários trabalhos pastorais da escola, como catequese, liturgia e vocações.
O Irmão Domingos nos dizia esses dias na Beira que Mangunde é um pedaço do Paraíso; e é mesmo, porque aqui nao existe poluição de nenhuma espécie, sobretudo a sonora. Aqui só se ouve o cantar dos pássaros, o grito dos animais e a conversa das pessoas que moram na missão. Estamos encantados com o lugar!
Mangunde, Mocambique, 28 de janeiro de 2007.
Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc

Ufa!!! Até que enfim cheguei ao 1º boletim, enviado há quase 10 meses aki de Mangunde!