quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Brasil lidera ranking mundial de otimismo
Rio — O povo brasileiro espera uma vida melhor nos próximos cinco anos, revelou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas। Conforme o estudo realizado com 150 mil pessoas em 132 países e com base no banco de dados do Gallup World Poll, o Brasil é líder mundial em expectativa de felicidade. Os entrevistados tiveram de pontuar entre zero e dez a satisfação esperada para daqui a cinco anos. A nota média da população brasileira para felicidade futura foi 8,78 – a maior entre os países pesquisados. Em seguida está a Venezuela (8,52) e a Dinamarca (8,51).
Feito entre jovens, o levantamento mostra também que os brasileiros são os mais otimistas। Segundo o economista responsável pelo estudo, Marcelo Neri, vários indicadores sociais de educação e emprego, por exemplo, melhoraram nos últimos anos, o que contribuiu para uma boa avaliação de futuro. 'O futuro está chegando de maneira mais sustentável, por meio do mercado de trabalho e da educação', observou. Disse ainda que a renda do jovem cresceu nos últimos quatro anos a uma taxa de 10,5% ao ano. Comentou que em 2007, 91% das vagas de emprego formal foram preenchidas por pessoas entre 15 e 29 anos.
Editorial Correio do Povo: O otimismo dos brasileiros
A pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas nessa terça-feira dá bem idéia de o quanto os brasileiros são persistentes: tiraram o primeiro lugar no ranking da felicidade futura. Logo após o Brasil, vêm a Venezuela e a Dinamarca. O levantamento deu-se a partir de dados coletados pelo Gallup World Poll e abrangeu 132 países, com atribuições de notas entre zero e 10 à satisfação projetada para os próximos cinco anos.
Algumas causas têm contribuído para tanto, como o crescimento do emprego formal e a melhoria dos índices socioeconômicos. Até mesmo a distribuição de renda, sempre em nível crítico, obteve tênue melhora com os programas sociais, a exemplo do Bolsa-Família.
Com esse clima mais favorável, muitas pessoas já estão tomando medidas a curto prazo para planejar suas vidas no período do qüinqüênio que se avizinha. Muitos estão procurando trabalho, outros capacitação e milhares estão retornando aos bancos escolares para obter uma qualificação melhor, que lhes garanta o sustento e uma ocupação digna, com valorização profissional.
Entretanto, é preciso que se diga que essa subjetividade, não obstante todo o seu caráter animador num contexto em que os cidadãos devem procurar seu espaço e contribuir para que o dinamismo da economia se mantenha e se aprofunde, deve vir acompanhada de medidas concretas por parte do poder público. Pontos de programas adotados, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), terão de ser executados nos níveis em que foram propostos para que a realidade seja modificada para melhor, com mais fluxos de bens e de serviços e mais emprego de mão-de-obra em todos os setores.
Para o economista Marcelo Neri, em invocação da fábula de La Fontaine, os brasileiros estão mais para cigarra que para formiga. Isso faz com que haja uma profunda reflexão para que certos parâmetros culturais sofram alterações. Afinal, somente com muito trabalho atingiremos um desenvolvimento do país nos níveis há muito esperados. A dívida social é muito grande e apenas com investimentos efetivos, neutralizando-se a corrupção, por exemplo, poderemos ter o país em harmonia, melhorando educação, saúde, saneamento, segurança e outros pontos hoje ainda deficientes em relação às necessidades da população.
Fonte: Correio do Povo - Porto Alegre, RS, 03 09 2008.
Notícia divulgada no portal Brasil-Alemanha www.brasilalemanha.com.br

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